A evolução das lentes de contato

A ideia de se usar lentes de contato é muito antiga, mas só começou a ter resultados significativos a partir da segunda metade do século 20.

 

O início

O primeiro material usado na fabricação de lentes de contato que realmente possibilitou um avanço em seu uso foi o PMMA (poli-metil-metacrilato), conhecido popularmente como acrílico. Durante muito tempo, as lentes feitas com este material foram a única opção disponível para que os pacientes pudessem ter uma alternativa ao uso de óculos.

Anos 70

Na década de 70, surgiram as primeiras lentes gelatinosas, feitas com um material chamado HEMA (hidroxi-etil-metacrilato). Tendo como grande diferencial o conforto, estas lentes se popularizaram rapidamente, tornando-se uma ótima opção para aquelas pessoas que não conseguiam usar as lentes rígidas feitas em acrílico devido ao desconforto.

Apesar destes avanços, a experiência mostrou que o uso de lentes não era isento de complicações, muito pelo contrário. Devido principalmente à interferência da lente sobre a oxigenação da córnea, que é uma estrutura sem vasos, o uso das lentes passou a desencadear graves complicações oculares. Entre elas, as úlceras infecciosas de córnea sempre foram as mais temidas.

Anos 80

Nos anos 80, com o aparecimento dos materiais siliconados e fluorsiliconados, também conhecidos como gás permeáveis, houve outro grande avanço na contatologia. Estes novos materiais permitiam que o oxigênio passasse pela lente e chegasse à córnea, afetando menos a fisiologia corneana, diminuindo assim a incidência de complicações.

Anos 80/90

Entre os anos 80 e 90 chegaram ao mercado as lentes descartáveis, que foram na verdade um avanço muito mais de marketing do que de materiais ou  lentes propriamente dito. Conseguiu-se diminuir a quantidade de matéria-prima usada na fabricação das lentes, o que permitiu uma mudança na forma de uso das lentes, ou seja, ao invés de trocar de lentes uma vez por ano, as mesmas seriam descartadas quinzenalmente ou mensalmente. Para aqueles pacientes que quisessem dormir com as lentes, o descarte teria que ser semanal. Mais uma vez, o surgimento de graves complicações indicou que algo ainda deveria melhorar.

Dias atuais

Recentemente, foram lançados materiais que podem ser considerados como uma nova família, diferentes portanto das clássicas lentes duras e gelatinosas. São as lentes de siloxane-hidrogel, que mesclam características e componentes tanto das lentes rígidas gás permeáveis como das gelatinosas.

Nos último anos, houve também grande progresso nas lentes para astigmatismo (lentes tóricas) e para presbiopia ou vista cansada (lentes bifocais e multifocais), trazendo grande benefício a muitos pacientes.

Podemos afirmar que hoje nosso mercado tem todas as principais lentes existentes no mundo e que, pelo menos a princípio, podemos corrigir todos os problemas de grau com lentes de contato.

Como escolher?

Dentre tantas possibilidades e opções, apenas um especialista pode avaliar cada caso e indicar o tipo de lente correto para cada paciente. Para saber qual a lente de contato mais indicada para o seu caso, marque uma consulta com Dr. César Lipener, médico oftalmologista especializado no assunto, com mais de 30 anos de experiência.